sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

IMPACTOS DO MERCÚRIO NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE

“IMPACTOS DO MERCÚRIO NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE”

O mercúrio é um metal tóxico, facilmente encontrado na natureza em baixas concentrações, sendo naturalmente liberado devido a processos erosivos e erupções vulcânicas. Esse metal pode ser encontrado nas formas orgânica e inorgânica, no estado sólido, líquido e gasoso. Quando essas concentrações se encontram elevadas, podem causar sérios riscos de contaminação ao meio ambiente e aos seres vivos.
A contaminação significativa de mercúrio no meio ambiente é resultado de ações humanas que envolvem este elemento. Exemplos dessas ações é a queima de carvão, petróleo e madeira, a fabricação de produtos que utilizam como matéria prima o mercúrio (termômetros e lâmpadas fluorescentes), o descarte inadequado do mercúrio através de processos industriais ou descarte incorreto de produtos eletrônicos contendo essa substância e a mineração do ouro, onde o mercúrio é utilizado para facilitar o processo de separação de partículas.
Entre os metais lançados no meio ambiente, o mercúrio é considerado o de maior potencial tóxico e o único que, comprovadamente, sofre biomagnificação ao longo da cadeia trófica, sofrendo ainda, organificação e atingindo sua forma mais tóxica (metilmercúrio) no sistema aquático (SIQUEIRA et al., 2005).
Destaca-se aqui o perigo que representa para a saúde, devido exposição do agente tóxico na inalação do ar contaminado, por ingestão de água e comida contaminada, absorção pela pele e durante tratamentos dentários. Em alta concentração, o mercúrio pode prejudicar o cérebro, o fígado, o desenvolvimento de fetos, e causar vários distúrbios neuropsiquiátricos.
A resolução CONAMA nº 358/93 definiu a obrigatoriedade dos serviços de saúde em elaborar o Plano de Gerenciamento de seus resíduos visando à redução dos riscos sanitários e ambientais, à melhoria da qualidade de vida e da saúde das populações e ao desenvolvimento sustentável (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Como modo de tentar reduzir os danos, deve-se buscar alternativas por meio de campanhas educativas e ações governamentais, através de medidas preventivas que promova a conscientização humana e que haja consciência da parte do homem para sua conservação. Além da conscientização, deve ser tomadas iniciativas para proporcionar mais locais devidamente apropriados para o descarte correto do mercúrio.

“Efeitos tóxicos do formaldeído em escova progressiva”

Popularização do Conhecimento Científico
“Efeitos tóxicos do formaldeído em escova progressiva”
Devido ao uso indiscriminado de formaldeído em produtos de alisamento capilar, por ser uma substância tóxica ela causa malefícios em nosso organismo, além de ser muito utilizada por profissionais cabeleireiros que aplicam esse produto diariamente nas pessoas que realizam o procedimento em busca do ideal de beleza que muitas vezes não faz bem a sua saúde. A escova progressiva é uma técnica utilizada para o alisamento capilar que promete um alisamento duradouro, porem o formaldeído que é um componente desses alisadores que tem efeitos tóxicos em nosso corpo ao contato com a pele e pela inalação, esse estudo tem por objetivo demonstrar os efeitos tóxicos que o formaldeído pode trazer a saúde dos profissionais que utilizam os produtos alisadores com o formol e de seus clientes que fazem o tratamento capilar.
A pesquisa foi realizada em Chicago por Pierce em 2011, onde foi analisado quatro diferentes tipos de alisadores capilares que continham concentrações de formol além do esperado, com uma variação de 3,0% a 11,0%, o ar também foi analisado durante o uso desses quatro produtos num salão de beleza obtendo-se resultados muito maiores que o permitido.
Segundo relatório da Anvisa obteve-se os seguintes valores seguidos dos sintomas:
0,1 a 0,3 ppm: menor nível no qual tem sido reportada irritação;
0,8 ppm: limiar para o odor;
1 a 2 ppm: limiar de irritação leve;
2 a 3 ppm: irritação dos olhos, nariz e garganta;
4 a 5 ppm: aumento da irritação de membranas mucosas e lacrimejamento significativo;
10 a 20 ppm: lacrimejamento abundante, grave sensação de queimação, tosse, podendo ser tolerada por apenas alguns minutos ( 15 a 16 ppm podem matar camundongos e coelhos após 10 horas de exposição);
50 a 100 ppm: causa danos graves em 5 a 10 minutos ( a exposição de camundongos a 700 ppm pode ser fatal em duas horas).
Segundo MENDES (2003), a concentração de formaldeído de 2 a 3 ppm produzem irritação nos olhos e vias respiratórias superiores, podendo haver desenvolvimento de tolerância onde o trabalhador pode suportar a exposição por oito horas.

Houve uma pesquisa a parte realizada por MACAGNAM; SARTORI; CASTRO; (2010) com a aplicação de questionário que identificou diversos possíveis sintomas de usuários de alisadores capilares em vários graus de intoxicação, desde dores de cabeça, boca amarga, tosse, irritação no nariz, bronquite e feridas no nariz.
Outro questionário que foi aplicado por LORENZINI (2010) chegou-se a conclusão que os profissionais não possuem informações sobre o uso de formol e sua toxidade além de não usarem equipamentos de proteção necessários ao aplicar os produtos.

O formol por ser um produto muito lucrativo e com ótimos resultados estéticos fazem com que os profissionais que muitas vezes não tem informações sobre o que a substância pode causar o utilizem no dia a dia se expondo a sua toxidade.
Através desse trabalho procurou-se orientar os profissionais e consumidores a ações que possam minimizar os casos de intoxicação, começando pela utilização de produtos com aprovação da vigilância sanitária, lembrando que produtos com 0,2% de formol não alisam o cabelo e se ocorrer o alisamento é que deve haver mais do que o permitido. Devendo-se ter muito cuidado com produtos ilegais, pois pode causar problemas irreversíveis a saúde e trazendo ao consumidor o conhecimento do tipo de substância que está sendo usada no procedimento estético e quais são os riscos que ele trás a saúde, se ele é aprovado por órgãos de vigilância sanitária e se não foi modificado indevidamente.