quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Deixa pra mim que eu sou canhota!

Estou nadando num mar de fichas que caíram. Aprendi a nadar nos açudes de casa, me afogando, tomando água suja, lamacenta, cheia de sanguessugas pelo corpo. Portanto, as fichas caem, mas a decepção não mata, afinal, deixa pra mim que sou canhota e da fronteira. Bato tudo no peito e deixo o universo conspirar, a roda girar, o bumerangue fazer seu trabalho. Infelizmente, sempre tem a perda, mas o ganho também. As águas podem ser sujas na superfície, mas o ciclo as transformam em chuva.

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