segunda-feira, 26 de julho de 2010


"Morre lentamente quem não viaja, que não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos, soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.

Estejamos vivos, então!"

Pablo Neruda

2 comentários:

Unknown disse...

Letuxaaaaaaaaa, eu amoooo esse poema!!! Muita coisa do que já passei na vida, tem por base o "nunca me deixar morrer, sem tentar".
TE AMO!!! BEIJÃOOO!

puzzle disse...

Viva! Vamos viver!
Beijoooo, saudade.